Quantas coisas passaram por mim... Quantos dias passaram por mim... E eu? Eu fiquei... Quantas pessoas passaram por mim... Quantas pessoas partiram sem mim... E eu? Eu fiquei... Fiquei! Fiquei como um objeto esquecido no banco da praça... como um livro empoeirado encostado num canto da estante. Fiquei como a folha caída da árvore, que fica voando sem rumo, pelo chão... como a criança que soltou da mão da mãe, e se perdeu na multidão. Talvez algum dia, alguém se lembre de mim e volte para me buscar. Talvez algum dia, alguém me encontre e me leve de volta pra casa. Quem sabe? Quem sabe algum dia, alguém sinta a minha falta e apareça. Apareça só para me dizer que a vida ainda pode ter encantamentos... que a vida ainda pode ser colorida. Quem sabe? Quem sabe algum dia, a flor que em mim morreu, ao sentir o orvalho da chuva, renasça. Renasça novamente!
por Marici França, 4 de fevereiro de 2013 (uma hora da madrugada)
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