Seu nome! Quantas vezes vou repetir seu nome? Até me esquecer dele? Até me esquecer de você... esquecer de mim?
Tantas vezes quis sair à janela e gritar o seu nome... achava que talvez pudesse me ouvir.
Tantas vezes no silêncio do meu quarto, baixinho ficava repetindo o seu nome, só para acalmar o coração, para sossegar a alma. Mas era em vão!
Não havia subterfúgios, não havia escape... Meu pensamento voltava pra você, minha solidão reclamava por você.
Ah meu amor! como te esquecer? Como esquecer de alguém que ficou tatuado em mim, marcado à brasa como em um animal arisco?
E hoje, hoje fico fingindo que esqueci, fico enganando a mim mesma, dizendo que sobrevivi...
É mentira amor! É mentira!
Não teve uma noite sequer, que não esperei por você, que não fiquei olhando para a porta, olhando para o telefone, na esperança que de repente você chegasse... que talvez só me ligasse...
Mas o dia amanhece, novamente escurece... os dias passam... os anos passam e você não vem. E você não vem para abrandar esta chama que me corrói o corpo...
Não vem para saciar esta fome e carência do seu amor, do seu sorriso, do seu olhar...
Não vem para preencher esta lacuna que se abriu em meu coração, desde o dia em que você se foi. Do dia que vi você se afastar de mim, dizendo que ia voltar, que ia me ligar...
Não era uma despedida... era só um até logo... um logo que nunca mais, nunca mais aconteceu...
E eu fiquei... fiquei murmurando seu nome... na absurda esperança, que talvez você me ouvisse e voltasse prá mim.
Por Marici França, 25 de agosto de 2020 às 21h16
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