Neste momento, o mundo passa por uma guerra. Guerra entre os países Rússia e Ucrânia. Ignorância desmedida entre dirigentes de nações, que pensam que através de mortes de inocentes, de destruições de patrimônios, conseguirão alcançar seus inescrupulosos objetivos. Talvez até consigam, mas a que preço? Situações que estamos assistindo dia a dia de medo, insegurança e caos total de um povo acoado e desesperado. Não pensei viver para ver esta calamidade. Mais uma entre tantas. Sim! Sei que já ocorreram outras guerras, tantos conflitos, mas antes, diante de uma vida difícil e complicada, não me dava conta desta realidade. Agora não! Agora vejo, percebo, sinto! Penso que o mundo não aprendeu nada com a pandemia que tanto nos limitou, lesou e nos fez sofrer. Fico aqui ouvindo o barulhinho da chuva que caí lá fora e lembrando de ouvir minha saudosa e sábia mãe dizendo: "viver muito, é bom; porém, quem viver verá coisas que lhe farão arrepender- se de muito viver!" Pois é! É assim que sinto! Principalmente agora, que acabei de ouvir esta música lançada em 1970, pelo conjunto musical Os Incríveis: 'Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones' .Me recordo que naquela época, ocorria no mundo a guerra do Vietnã ( de 01.11 1955 a 30.04.1975 - Google). Ah! Década de setenta...eu era jovem! Vivia a boa e encantada fase da juventude. Nós jovens, éramos distantes desta realidade...o que nos importava era o nosso momento: eram as amizades, os namoros, as música...a vida enfim. Não se cogitava a idéia da morte. Pensar nos problemas, nas desavenças mundiais; ah! jamais! Eu na época com dezoito anos, só tomei consciência da guerra que acontecia no Vietnã, quando ouvi esta música. Gostei da música, mas inocentemente não assimilei da tragédia que descrevia naquela letra musical. ( Brancato Júnior, Lusini, Migliaccio). Só me caiu a ficha da intensidade desta música, numa tarde no show dominical dos jovens, que acontecia no salão de festas do bairro que eu morava. Naquela tarde, quando vi e ouvi Théo cantando lindamente esta música, à todo pulmão, com garra e intensidade é que me dei conta do significado de uma guerra. Tantas vidas perdidas, tantas destruições, tanto dinheiro desperdiçado com guerra, quando deveria ser usado para acabar com a miséria de tantos. E também, a vida, a liberdade que um jovem perde ao estar no confronto de uma guerra, não há medalha no peito que compense. Lamentável! Triste! Oremos por este povo.
por Marici França, 1º de março de 2022
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